Santa Mãe de Deus e Nossa

O Dogma da Imaculada Conceição foi proclamado pelo Papa Pio IX, cercado de 53 cardeais, de 43 arcebispos, de 100 bispos e mais de 50.000 romeiros vindos de todas as partes do mundo, no dia 8 de dezembro de 1854.

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Dedicação da Basílica de Santa Maria Maior.


Dedicação da Basílica de Santa Maria Maior.
No dia 05 de agosto de 358 nevou em pleno verão na pequena colina romana do Esquilino (uma das famosas sete colinas de Roma), como sinal extraordinário do convite de Nossa Senhora para que se construísse um templo em sua honra.

A tradição conta que, na noite de 05 de agosto, Nossa Senhora apareceu, no meio da neve, ao Papa Libério, ao patrício João e à sua mulher, manifestando o desejo de que uma capela fosse construída, em sua honra, no lugar em que tinha nevado durante a noite. A este respeito, há a lenda de que o próprio Papa traçou na neve a demarcação da área de edificação do primeiro santuário.

Um século depois, o Concílio de Éfeso (431) declarou Maria Santíssima como mãe de Deus. A Basílica de Santa Maria Maior foi construída entre 432 e 440 (séc. V), durante o pontificado do Papa Sisto III, e é dedicada ao culto de Nossa Senhora, mãe de Deus.

Esta Basílica é a mais antiga igreja do Ocidente consagrada à Maria Santíssima. A definição dogmática da maternidade divina de Maria, proclamada pelo Concílio de Éfeso, está relacionada com esta obra. O povo da cidade de Éfeso celebrou com grande entusiasmo esta declaração dogmática. Esta alegria se estendeu por toda a Igreja e foi, então, que se construiu, em Roma, a Basílica de Santa Maria Maior.

O TEMA DA MATERNIDADE DIVINA NOS CONVIDA PARA A REFLEXÃO DE NOSSA SENHORA COMO MÃE NOSSA.

Jesus, na cruz, preocupou-se com a humanidade, com a qual convivera. Ele dá-nos a sua própria mãe como mãe, também, nossa. Texto: Jo 19, 26-27. Vendo a mãe e, perto dela, o discípulo a quem o amava muito, Jesus disse para a sua mãe: "mulher, aí está o teu filho". Depois, disse para o discípulo: "aí está a tua mãe". Aquela que nutriu o filho de Deus, Jesus, por escolha divina, também foi escolhida, por Jesus, para ser a mãe do discípulo muito amado, que, naquela hora, a humanidade toda estava associada a ele. Jesus viu que Maria cuidou bem dele, realizou a vontade do Pai, e, portanto, poderia cuidar, também, da humanidade toda. Ao escolher Maria para ser a mãe nossa, Jesus, Deus-Filho, favorecia Maria com dons especiais para o cuidado nosso. Deus-Pai já havia, antes do nascimento de Jesus, escolhido Maria e já havia favorecido Maria com as graças especiais, próprias, para este cuidado. Jesus não escolheria alguém para cuidar dos seus se não encontrasse em tal pessoa as condições favoráveis para realizar a sua vontade.
Era como se Jesus estivesse dizendo que Maria iria ajudar a humanidade naquilo que precisasse. Por isso, não é à toa, que podemos sempre recorrer a Nossa Senhora com esta invocação feliz: “Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”.
BENDITA ENTRE AS MULHERES(1)
A figura de Maria(2) com o Menino Jesus no colo e toda sua doçura toca o fundo da alma e nos proporciona alento nos momentos de incerteza e aflição, como uma verdadeira mãe.
A jovem judia de Nazaré que aparece em breves passagens da Bíblia tornou-se o maior símbolo feminino do Ocidente. Sua importância cresceu ao longo da história, não apenas por sua espiritualidade mas também por personificar características essencialmente femininas, como paciência, beleza e perdão. Maria tornou-se um arquétipo – uma imagem conhecida por todos os seres humanos, em todos os lugares e épocas – ligado ao sentido mais profundo de maternidade.
Nossa Senhora também personifica outras qualidades femininas e receptivas muito antigas, encontradas nas deusas da Antigüidade. Todas as grandes civilizações, como a dos sumérios, babilônios e egípcios, cultuavam divindades femininas com os dons da sabedoria e da criação.
A partir do século III, quando o cristianismo tornou-se religião oficial do Império Romano, a figura de Nossa Senhora com o menino Jesus tornou-se permanente fonte de inspiração para artistas, a ponto de essas telas e esculturas serem conhecidas pelo nome de madona, figura respeitada e reverenciada por adeptos de outras religiões, além da cristã.
Algumas dessas obras tornaram-se marcos da história da arte e assinalaram especialmente o Renascimento, movimento artístico originário da Itália, no século XV, como a Pietá(3) de Michelangelo (1475-1564), que retrata a mãe sustentando Cristo adulto.
EFEITO TERAPÊUTICO – Muitas dessas criações são plenas de elementos simbólicos. “Em algumas telas, o traje da Virgem Maria é vermelho e azul, cores que, combinadas, geram a violeta, tom associado à espiritualidade”, diz o psicólogo Jorge Prado, de São Paulo, seguidor da antroposofia, ciência espiritual fundada pelo médico Rudolf Steiner (1861-1925), que estudou o poder terapêutico das madonas e descobriu que a simples observação de certas figuras da Virgem Maria pode acalmar o coração e a mente. “Ela encarna a mais elevada das maternidades ao dar à luz um ser divino, como Cristo”, confirma Prado.
A beleza serena e equilibrada de todas as figuras de Nossa Senhora estimula a sensação de calma e paz. Steiner percebeu que especialmente a contemplação das madonas criadas pelo pintor italiano renascentista Rafael (1483-1520) podia ser utilizada com finalidades terapêuticas. Com base nessa constatação, adeptos da antroposofia começaram a se inspirar nas imagens pintadas pelo mestre Rafael para a prática da meditação.
CRIANÇAS E GRÁVIDAS – O pedagogo inglês René Querido escreveu um estudo sobre as madonas de Rafael e sua influência em crianças na fase pré-escolar. No texto, ele afirma que as imagens “atuam de maneira apaziguadora e curativa só com sua presença”, não por seu significado religioso, mas pela “atmosfera serena e sóbria” que transmitem. O psicólogo Jorge Prado aconselha: “A figura da madona gera quietude e alegria tranqüila. Tanto que se aconselha ter uma imagem em casa ou em lugares por onde circulem mulheres grávidas, pois ela reafirma qualidades femininas”. Mesmo quando é representada sem a presença do Menino Jesus, a imagem de Maria inspira o sentimento de cuidado e abnegação tipicamente maternal. É o caso, por exemplo, das Nossas Senhoras de Fátima, Lourdes e Aparecida, essa última a padroeira do Brasil, que abençoa e protege nosso país.
QUEM NÃO PRECISA DE COLO? – Vivemos cercados de medo, cobrança e insegurança e precisamos todos, crianças e adultos, de aconchego, proteção e intimidade, qualidades encontradas no colo da mãe, que nos proporciona paz e serenidade para enfrentar os desafios do mundo. A imagem de Nossa Senhora nos lembra que esse colo pode ser simbólico – não necessariamente de nossa mãe biológica. Ele pode ser de uma avó, de uma amiga, de uma figura masculina, como pai, irmão e namorado. E a mesma sensação boa pode vir do coração. Nós mesmos podemos também nos dar colo, quando aceitamos nossas limitações e os acontecimentos difíceis da vida. O exemplo de maternidade dado por Nossa Senhora não se limita às mulheres, mas diz respeito a todos os seres humanos que têm de cuidar de si mesmos, dos filhos, dos pais, da comunidade, da alimentação, da educação, da cidade, do país, do planeta. “Ela nos lembra a condição maternal, a capacidade de cuidado e doação em cada um de nós”, conclui Márcio Lupion, professor de arquitetura simbólica da Universidade Mackenzie, em São Paulo.
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(1) Patrícia Patrício, Bendita entre as mulheres, in: Bons Fluidos, no 48, São Paulo, Editora Abril, maio/2003, pp. 90-93.
(2) Observe a imagem de Nossa Senhora: a paz de seus olhos, a sustentação perfeita que dá ao menino. Ela transmite serenidade e conforto e sempre que precisamos de colo (sim, adultos precisam e muito disso!), ela, a cheia de graça, estará lá, pois é a grande mãe universal.
(3) A Pietá esculpida por Michelangelo: exemplo do colo materno na hora da dor.

O LUTO. Hoje em dia, graças à cultura do bem viver, do bem-estar e da alegria, o luto é vivenciado de outra maneira. Não existem regras e manuais.

Batizados, aniversários, formaturas, casamentos, bodas. Reconheço a importância dos rituais. Eles marcam passagens significativas de nossas vidas.

E não seria diferente no momento que alguém, muito importante para nós, morre. Precisamos cumprir o ritual da despedida de um ente querido, ir ao velório, à missa. É fundamental, na minha opinião, para ajudar a assimilar o que se passou. Antigamente, na Idade Média, a morte era vista como um castigo, algo obscuro e profundamente doloroso, em função das torturas existentes e das doenças que assombravam o período. A felicidade, por mais incrível que possa parecer, não era manifestação “bem vista”. Então, para exaltar a sua dor, as pessoas deveriam abdicar de tudo que lhes proporcionasse prazer e alegria. Daí, nada melhor que usar roupas pretas para simbolizar tudo isso que as pessoas consideravam ruim.

Até pouco tempo existia um “código do luto”. As pessoas deveriam usar roupas negras e não freqüentar eventos sociais. Quem perdesse o cônjuge deveria ficar de luto por dois anos. Os pais, um ano, e os irmãos, os tios e os avós, seis meses.

Novos tempos, novos hábitos. Hoje em dia, graças à cultura do bem viver, do bem-estar e da alegria, o luto é vivenciado de outra maneira. Não existem regras e manuais. O preto foi abolido assim como a clausura. Hoje não é preciso andar por aí “arrastando correntes” para demonstrar tristeza. Temos todo o direito de sofrer, mas, cada um à sua maneira, sem patrulhamento.

Vivenciar o luto é aceitar o real e continuar, viver apesar de tudo. Voltar à rotina é uma atitude saudável.

Perder alguém que amamos é difícil. Mas Rubem Alves já dizia:

“Amar é ter um pássaro pousado no dedo. Quem tem um pássaro pousado no dedo sabe que, a qualquer momento, ele pode voar”. (Luciana Almeida, Etiqueta in REVISTA AG, 21 de agosto de 2011, p. 41).

O luto faz parte da nossa vida, de pessoas humanas que somos. O luto é porque perdemos “algo” que tinha uma importância para nós. O luto é um estado de sentimento triste porque perdemos “algo” fundamental e por isso precisamos de um “tempo” para nos adaptarmos ao novo estágio de vida.

Na nossa vida, ganhamos muito, muita “coisa”. Há muitos ganhos. Há muitas perdas. Prestamos mais atenção às nossas perdas.

Para cada perda necessitamos reunir forças para sairmos vitoriosos da situação. Às vezes, precisamos do apoio e da ajuda das pessoas próximas, aquelas que nos são bem vistas.

A nossa primeira perda é a do aconchego do útero materno. Quando saímos daí, saímos forçados. Não queríamos. Por isso, o choro, o grito, a dor e a tristeza. No nascimento já começamos a sofrer (tristeza porque perdemos “aquilo” que era bom). No decorrer da vida, são muitas as perdas. Tem o “tempo”, também. Perder “tempo” mexe muito com a gente. Precisamos do “tempo”. Sem o “tempo”, tudo ficaria sacrificado. Precisamos de “tempo” para nos refazermos. “O tempo cura as feridas”. Muitas são as perdas. A última perda se dá com a morte. É uma perda definitiva. Não há volta. Esta perda suplanta todas as perdas. É a maior de todas. Não estamos preparados. Não aceitamos. Não queremos. O luto depois disso é o “tempo” necessário para darmos a volta por cima de tudo e prosseguirmos em frente. A vida não pode ser interrompida. A vida segue o seu percurso natural. O fim do luto, onde não existe luto, é o céu. Diz o Catecismo da Igreja Católica, citando o Apocalipse, em «a Jerusalém celeste, Deus terá a sua morada entre os homens. “Enxugará toda lágrima de seus olhos, pois nunca mais haverá morte, nem luto, nem clamor, e nem dor haverá mais.”». (Catecismo da Igreja Católica, Editora Vozes, São Paulo, 1993, n. 1044, p. 251).

Confortar, consolar a quem está enlutado é um ato da caridade cristã. É a solidariedade que vai estimular a pessoa a se recompor, a ter fé, a ter esperança. Ninguém pode ficar sem a esperança. É ela que nos dá a força para prosseguirmos a jornada da vida. Amanhã será melhor.

A liberdade pertence apenas aos que possuem o dom da razão. (Leão XIII).

DIA 21 DE SETEMBRO – DIA MUNDIAL DA PAZ.

O que você pode fazer pessoalmente:
Dialogue mais.
Ouça com atenção, consideração e sensibilidade.
Reclame do que não gosta sem ofender, humilhar ou atacar a outra pessoa.
Busque formas de neutralizar sua raiva, impedindo desembocar em atos violentos.
Procure dizer o que gosta com relação ao que outros dizem ou fazem.
Tolere as diferenças.
Use formas não-violentas para colocar limites.
Em conflitos onde você esteja diretamente envolvido, procure levar em consideração o ponto de vista dos outros e buscar uma solução não violenta, que traga vantagens para ambas as partes.

O que você pode fazer em sua vizinhança:
Contribua para criar clima de diálogo nos conflitos entre vizinhos.
Estimule atividades sadias para crianças e jovens.
Apóie iniciativas e grupos de prevenção e tratamento a álcool e drogas.
Eduque para a superação de todo tipo de discriminações.
Divulgue campanhas de interesse comunitário.
Reivindique serviços públicos para prevenção de violência.
Oportunize a discussão de temas ligados à paz.
Promova os direitos humanos.
Apóie as campanhas de desarmamento.

O que você pode fazer na Escola, Trabalho, Associação:
Celebre datas ligadas à paz, não-violência e justiça.
Oportunize a discussão de temas ligados à paz.
Promova a iniciativa de jovens e crianças para a paz.
Organize um mural da não-violência, divulgando iniciativas para a paz.
Promova momentos de formação na linha da educação para a paz, especialmente de resolução não-violenta de conflitos.
Estabeleça vínculos de sua instituição com grupos que promovam a paz e a não violência.
Fortaleça práticas democráticas como forma de prevenir a violência.
Divulgue modelos positivos de promoção da paz.

Maria Tereza Maldonado. Os construtores da paz. São Paulo, Editora Moderna, 1997.


MENSAGEM DE UM IDOSO - 27 DE SETEMBRO

Se meu andar é hesitante e minhas mãos trêmulas, ampare-me.
Se minha audição não é boa e tenho de me esforçar para ouvir o que você está dizendo, procure me entender.
Se minha visão é imperfeita e o meu entendimento é escasso, ajude-me com paciência.
Se minhas mãos tremem e derrubam comida na mesa ou no chão, por favor, não se irrite, tentei fazer o melhor que pude.
Se você me encontrar na rua, não faça de conta que não me viu, pare para falar comigo, sinto-me tão só.
Se você na sua sensibilidade me vê triste e só, partilhe simplesmente um sorriso e seja solidário.
Se lhe contei pela terceira vez, num só dia, a mesma "história", não me repreenda, simplesmente me ouça.
Se me comporto como criança, cerque-me de carinho.
Se eu estou com medo da morte e tento negá-la, ajude-me na preparação para o adeus.
Se eu estou doente e sou um peso em sua vida, não abandone a mim, um dia você terá a minha idade.
A única coisa que desejo, neste meu final da jornada, é um pouco de respeito e de amor. Um pouco. Um pouco do muito que um dia te dei.

(AUTORIA DESCONHECIDA).